É MELHOR LIDAR COM O MEDO DO QUE VIVER COM O PESO DO QUE NUNCA FOI DITO?
Quantas vezes nos pegamos
esperando? Esperando que o outro tome a iniciativa, que apenas um olhar baste para revelar
o que é sentido sem que precisemos nos expor. Mas a realidade é que o silêncio,
por mais seguro que pareça, quase nunca nos leva aonde realmente queremos
estar.
A vida é cheia de histórias sobre encontros e desencontros, e em quase todas elas há um momento em que a falta de palavras muda tudo. Lembra de “Orgulho e Preconceito”? O quanto de sofrimento poderia ter sido evitado se Elizabeth e Darcy tivessem sido mais claros desde o início? Ou então a trilogia O Povo do Ar, onde Jude e Cardan passam tanto tempo escondendo seus verdadeiros sentimentos atrás de provocações e manipulações que quase se perdem. O medo de parecer vulnerável, de abrir mão do controle, os mantém presos – quando, na verdade, a sinceridade poderia ter sido a chave para tudo.
E se trouxermos isso para a vida
real? Quantas vezes deixamos de falar por medo? Medo do que o outro vai pensar,
medo de parecer tolo, medo da rejeição. Mas, ironicamente, esse mesmo medo que
nos paralisa é o que nos condena à incerteza. O "e se?" pode ser um
fardo muito mais pesado do que qualquer resposta negativa que poderíamos
receber. Porque, pelo menos, uma resposta nos dá um caminho; o silêncio nos
deixa presos no que "poderia ter sido”.
No fundo, sabemos que ninguém
lê mentes.
Por mais que os livros e filmes
românticos adorem vender aquela ideia de que "se for para ser, será",
a verdade é que, na vida real, o que será depende do que fazemos para que seja.
E isso significa tomar a iniciativa, arriscar-se e, principalmente, ser honesto
sobre o que sentimos.
Mas ser honesto não significa
apenas falar o que sentimos. Significa também estar preparado para ouvir o que
o outro tem a dizer – e aceitar que a resposta pode não ser a que desejamos.
Porque sinceridade de verdade não é só expressar expectativas, mas também
respeitar as realidades. E nada disso se refere apenas a romance, mas em
amizades, empregos e todos os tipos de ciclos sociais. Como por exemplo, a Taylor
Jenkins, de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo ou o Walter White
de Breaking Bad.
Então, se há algo que precisa ser
dito, diga. Se há um sentimento ou ideia guardada, compartilhe. A vida não
pausa para esperarmos o momento certo – ele precisa ser criado.
É melhor ter a certeza de que foi
fiel a si mesmo do que se perder na dúvida do que poderia ter sido.
No fim, é melhor lidar com
o medo do que viver com o peso do que nunca foi dito.
Indicação de filmes, séries e livros que relatam essas situações:
A triliogia de Holly Black - O Povo Do Ar
Orgulho e Preconceito - Jane Austen
Os Sete Maridos de Evelyn Hugo- Taylor Jenkins
Breaking Bad- 2008
Brooklyn Nine-Nine(B99)- 2013
O Diabo Veste Prada- Lauren Weisberger
O Jogo da Imitação- Alan Turing
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